segunda-feira, 11 de maio de 2009

Alcova

Lembras?
De baixo dos lençóis, os nossos ruídos
Produzindo um acorde maravilhoso
O som saindo de nossos lábios sedentos
Emitindo palavras de carinhos e malícia?
Lembras?
Das nossas mãos atrevidas, a percorrer nossos corpos,
Tal qual um artesão, a esculpir com desejo, tão ardente paixão
Arrancando suspiros de arrepios e tesão?
Lembras?
Dos nossos corpos suados, a misturar os aromas
Roçando voluptuosamente, arrancando gemidos de prazer
Acabando por entorpecer nossos sentidos?
Lembras?
Das nossas loucuras, sem censuras
A descobrir movimentos mágicos
A procurar posições frenéticas e loucas?
Lembras?
De nossa alcova toda desarrumada,
Das nossas roupas espalhadas,
Daquele cheiro de amor pelo ar?
Lembras?
É claro que lembras...
como poderia esquecer
Das noites de amores sem trégua
Dos gozos, gozados ao extremo
Até o esgotamento de nossas forças?
Lembras?
Nada poderia apagar esses momentos
Até as paredes guardam impregnadas
As imagens ali retratadas,
O cheiro de amor e o som dos gemidos.

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